terça-feira, 29 de maio de 2012

UM POUCO DE ETIQUETA NÃO FAZ MAL À NINGUÉM


Engraçado. A palavra etiqueta traz reações muito interessantes: que frescura... isto não se usa mais... pra que tanta regra? No entanto, há de ter algumas noções básicas desta mal falada etiqueta para não se cometer tantas gafes como a gente tem visto por aí. Vou citar algumas que considero mínimas para não dar tanto "fora":


  • Ai, que nojo! Tem coisa pior do que ver alguém escovando os dentes em pias usadas para lavar as mãos, em restaurantes? Eu já vi e parei de comer, na hora... Tirar meleca do nariz, palitar  os dentes ou usar fio dental, arrotar e soltar pum em público, nem pensar! Isto se faz o mais escondido possível.
  • Nossa, como você engordou! Que indelicadeza dizer isto. Ou ainda: Você está doente? Tá tão magrinha... Fez plástica? Com quem? Colocou botox? Remoçou demais... Não pergunte sobre idade, situação financeira, coisas íntimas. Isto é muito constrangedor e demonstra uma grande falta de sensibilidade.
  • Cuidado com a Internet. Seja educado, assim como se espera fora da internet. Evite discurso preconceituoso, arrogante, insultos e escrever sempre em maiúsculas -- correspondente à gritaria na internet. Ao expor uma opinião, justifique. Outros poderão pensar de forma diferente sobre seu assunto, mas só terão como rebater de maneira civilizada a partir dos motivos de cada um. A distância e possível anonimato na internet não podem ser usados como pretexto para criar um ambiente ruim.
  • Bêbado em festa. Saiba a hora de parar de beber. Bêbado em festa é um desastre. Às vezes fica gentil demais, ou então grosseiro. E o que fica repetindo a mesma coisa? E aquele que pensa que mundo vai acabar naquela festa e que tem que fazer de um tudo? Tem o outro, que no meio daquele barulho, resolve contar um caso interminável e pouco interessante... Tem mais tipos. Pense aí, vai! Se for seu amigo, tire-o da festa antes que o caldo entorne de vez.
  • Esqueci seu nome! Comigo já aconteceu inúmeras vezes de estar em um lugar e vir alguém, todo sorridente, me chamando pelo nome e eu não ter a mínima ideia de quem seja. Gente, desculpas esfarrapadas do tipo eu ando com a memória ruim, ou conheço tanta gente, pegam muito mal. O melhor mesmo é se desculpar com a pessoa e falar a verdade: eu não estou me lembrando de você. É bem chato fazer isto, mas é o mais correto. Pior é levar o assunto adiante e a pessoa perceber lá no fim da conversa que você nem sabe com quem está falando. 
  • Conto ou não conto? Se você viu o namorado, marido ou seja lá o que for da sua amiga com outra, finja-se de morta. Não vá querer contar, de jeito nenhum. No final, o casal se ajeita e você que meteu a colher, fica com cara de tacho.
  • Dengo e denga. Môzinho, xão, benhê, piolho... Seja lá qual for o apelido carinhoso do casal, ele tem que ficar entre quatro paredes. É muito chato ficar ouvindo esta troca de palavras íntimas. É tão chato quanto ouvir dois profissionais discutindo um assunto técnico numa mesa de bar. Tô fora...
  • Posso levar o fulano? Esta é uma gafe muito comum e constrange demais o anfitrião se alguém liga fazendo esta pergunta. Se a pessoa convida um casal para sua festa, colocando no convite Sr e Sra  e não inclui a família, significa que o convite não se estende aos demais e levá-los seria muito desagradável. Se no convite aparecer Sr fulano de tal e família, lembre-se que os convidados são o sr e os que residem na mesma casa. Filhos casados e os solteiros que moram sozinhos não estão incluídos no convite.
  • Prato de caboclo. Para quem não sabe, é aquele pratão, transbordando de comida. Gente! É muito feio. É melhor repetir muitas vezes do que fazer aquela montanha de comida. Eca... 
  • Mesa de doces. A finalidade da mesa de doces é que, após o jantar, os convidados circulem por ali onde poderão encontrar os amigos, conversar, apreciar a festa. Então, não tem sentido algum aquele vrum que se faz em torno dela e os doces evaporam em dois segundos, por mais doces que tenha. Isto porque já se tornou comum as pessoas encherem as mãos, pratinhos (e até bolsas) e voltarem para suas mesas. É muito indelicado!
  • O passarinho quer voar. É de muito mau gosto uma frase desta, ou qualquer outra do gênero se você perceber que tem alguém ao seu lado com o zíper aberto. Tem que avisar sim. Mas de forma delicada e direta. Fulano, seu zíper está aberto. Simples assim. 
Por hoje é só, senão o texto fica longo e ninguém lê. 


Um comentário:

  1. Boas dicas. Um pouco de verniz não faz mal a ninguém. Vivendo e aprendendo. Valeu Meita.
    Rosângela

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