As perdas sempre são dolorosas
demais. Fazem um mal danado à alma e a cada morte de alguém mais próximo, fico
a matutar sobre esta única certeza da vida. Sei que devemos nos preparar
durante toda a vida para esse fato do qual nenhum de nós fugirá, mas não sei
como fazer isto.
A morte sempre me pega de
surpresa. Perdi meus entes queridos mais queridos de forma abrupta; ela veio de
mansinho e tirou de mim o que eu mais amava. Foi assim mesmo: rápida e
certeira. Golpe baixo, dona Morte! Eu
não estava preparada...
E depois destas perdas todas, eu
fiquei embirrada com a morte. Não quero entendê-la. Ela vem e sem pedir licença
tira do nosso convívio pessoas que amamos. Como entender isto? Como eu me preparo para a morte: Sendo
boazinha? Cumprindo meus deveres cristãos?
Perdoando e sendo perdoada?
Como eu aceito a morte: Vendo o
sofrimento de um pai enterrando um filho? Vendo o sofrimento de um filho
enterrando um pai? Vendo uma família sendo dividida?
Eu tento saber algo sobre a
morte, mas sei que preciso saber primeiro mais sobre a vida e à medida que conheço
e compreendo melhor a vida, falar da morte se torna mais fácil. Sei que ela me
ensina a transitoriedade das coisas. Vida e morte, certezas distantes e
ligadas. Palavras e mais palavras... Entendimento da morte quase nulo.
O que virá depois da morte: uma
nova vida. Esta é a grande esperança.
“Eu não tenho medo da morte. Eu tenho
medo é de morrer”.
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