sexta-feira, 27 de julho de 2012

REFLETINDO SOBRE A MORTE


As perdas sempre são dolorosas demais. Fazem um mal danado à alma e a cada morte de alguém mais próximo, fico a matutar sobre esta única certeza da vida. Sei que devemos nos preparar durante toda a vida para esse fato do qual nenhum de nós fugirá, mas não sei como fazer isto.
A morte sempre me pega de surpresa. Perdi meus entes queridos mais queridos de forma abrupta; ela veio de mansinho e tirou de mim o que eu mais amava. Foi assim mesmo: rápida e certeira.  Golpe baixo, dona Morte! Eu não estava preparada...
E depois destas perdas todas, eu fiquei embirrada com a morte. Não quero entendê-la. Ela vem e sem pedir licença tira do nosso convívio pessoas que amamos. Como entender isto?  Como eu me preparo para a morte: Sendo boazinha? Cumprindo meus deveres cristãos?  Perdoando e sendo perdoada?
Como eu aceito a morte: Vendo o sofrimento de um pai enterrando um filho? Vendo o sofrimento de um filho enterrando um pai? Vendo uma família sendo dividida?
Eu tento saber algo sobre a morte, mas sei que preciso saber primeiro mais sobre a vida e à medida que conheço e compreendo melhor a vida, falar da morte se torna mais fácil. Sei que ela me ensina a transitoriedade das coisas. Vida e morte, certezas distantes e ligadas. Palavras e mais palavras... Entendimento da morte quase nulo. 
O que virá depois da morte: uma nova vida. Esta é a grande esperança.
“Eu não tenho medo da morte. Eu tenho medo é de morrer”.

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