segunda-feira, 30 de abril de 2012

Só acontece comigo...

Só acontece comigo...

A minha relação com as domésticas sempre foi muito engraçada. Crio uma dependência indecifrável com elas, pois os serviços do lar nunca foram meu forte. É bem prá lá, bem prá cá e no fim, elas tomam literalmente conta da minha casa. Como tenho sorte (toc...toc...toc... acabo de bater na madeira), ficam anos comigo e por isso tenho tanta história para contar.   
Eu tive uma que custou demais a aprender a pôr a mesa. Pacientemente, eu colocava um lugar e dizia: agora é só copiar! Ela ficava me olhando, com uma cara de meudeusoqueéisso e aí eu acordava e lembrava que a danada entendia tudo ao pé da letra e reformulava a frase: agora você olha como eu fiz e faz igual. Enquanto eu não fiz o desenho em sulfite para que ela seguisse o modelo, não houve jeito e todos os dias a mesma ladainha: o sulfite na frente do prato e ela olhando como colocar "as ferramentas" (assim eram chamados os talheres, mas isso é uma outra história...rsrsrsr)!
Certo dia, voltando do trabalho encontrei a mesma no portão, branca como uma cera, com uma cara de quem tinha feito a maior asneira do mundo e antes mesmo que eu descesse do carro, ela disparou: D. Meíta, fui fazer um bolo e ele explodiu! Vem aqui para a senhora ver, mas eu fiz tudo direitinho. Não sei o que aconteceu!  
Quando entrei na cozinha, era massa de bolo saindo por tudo quanto era buraco do forno, escorrendo pela porta, uma melequeira sem fim. Era impossível entender o que tinha acontecido ali. Eu já estava curiosíssima e não sabia se ria ou se chorava (o fogão era novinho, novinho) e só consegui falar: O que aconteceu aqui? 
A coitada estava apavorada e só dizia: eu fiz tudo direitinho. Fui olhando no caderno e fazendo. É este aqui, ó, que a D. Zezé deu a receita (a página do caderno é engordurada de tantas vezes que este bolo é feito por aqui, o preferido da casa) e foi lendo a receita feito uma louca desvairada, querendo justificar aquela esparrameira de bolo. Quando chegou na parte do fermento, uma colher de sopa, me deu um click, já presumindo o que acontecera, visto que ela levava tudo muito ao pé da letra. Pedi que me mostrasse a colher que usou para medir o fermento e ela me trouxe a maior concha que eu tinha em casa. Fui logo dizendo: Beeemmmm, isto não é colher de sopa. É concha! E ela retrucou logo: Ah, eu não entendo a senhora. Toda vez que faz sopa aqui em casa, a senhora me pede: Bem, traz aquela colher grande, funda, de servir a sopa. Então, é a senhora que fala errado. Eu não tive culpa nenhuma nesta história de bolo! 
Enfiei a viola no saco e cuidei de ficar atenta às palavras quando fosse falar com ela, dali para frente.

E como uma história só não basta, vai mais uma e de outra auxiliar e desta ainda vou contar muitas. Esta é só a primeira:
Como eu já disse, ficar sem uma ajudante me desestrutura, principalmente por causa da roupa para passar. No resto, quebro bem o galho e sou ótima para ensinar (coisas de professora), tenho até um jeitinho especial de lidar com as mais inexperientes. Pois é, só que esta era inexperiente demais. Chegada há pouco do fim do mundo, estava maravilhada com São Paulo e não cansava de repetir quando eu saía: a senhora vai saber voltar? Cremdeuspai, D. Meíta, a senhora não tem medo de guiar aqui em São Paulo? Nossa Senhora! Que coragem a sua de andar por aí! São Paulo era o mundo e eu a doida varrida que o enfrentava sem medo para o espanto da menina que se apavorava cada vez que eu saía.
Alguns eletrodomésticos eram verdadeiros seres extraterrestres para ela, alguns tipos de comida eram totalmente desconhecidos, nunca tinha visto elevador e por aí vai. Era um espanto saber que em pleno século XXI, uma menina tão jovem pudesse saber tão pouco mesmo tendo terminado o 2º grau lá nos cafundó do Judas!
Certo dia, pedi que fosse levar uma chave na portaria, crente que ela já tivesse aprendido a andar de elevador sozinha. Como demorasse muito para voltar, resolvi saber o que tinha acontecido. Abri a porta do apartamento e lá estava ela, feito uma estátua diante do elevador, com a chave na mão. Perguntei então se o que estava acontecendo e ela me olhou com uma cara de dar dó e disse: Então... A senhora pediu para mim chamar o elevador, mas eu não sei o nome dele...
Gente, eu juro que é verdade. Tenho certeza que isso só acontece comigo. E hoje o beijin não tem gosto de nada, porque o único gosto que consigo sentir é de torresmo. O cheiro que está vindo da cozinha está demais... 
  

domingo, 29 de abril de 2012

DIVERSÃO PARA O FIM DE SEMANA



DIVIRTA-SE
Pois é... Feriado prolongado e chuvoso. Não é uma boa notícia, mas vou deixar aqui algumas alternativas para vocês se divertirem no final de semana, mesmo com chuva:  Sabe aquela blusinha sem graça que você nem usa mais? Então... A gravata do maridão também está encostada. Junte as duas e veja no que dá! Gostou? 

Tem mais: Tem problemas com espaço? Ou filho bagunceiro que não acha ou guarda os tênis  e sapatos nunca? Olha a solução aí... Simples, prática, barata e você mesma pode fazer! Terapia ocupacional, amiga! Nem ficará com raiva da chuva que vai cair sem parar no feriadão

Quem não gosta de uma comidinha cheirosa, bem temperadinha, feitinha na hora com ervas fresquinhas! Ai, que delícia. A ideia está aí. Pode aproveitar.


Mesa gracinha demais! Mais latinhas recicladas em tons pastéis. Charmosíssimas!!!

Coisa simples de fazer! Você sabe fazer fuxico??? Ô se sabe...

Todo mundo tem um banquinho deste em casa. O teu também está feinho? Aproveita o feriadão chuvoso, pede uns retalhinhos para a costureira, compra cola-pano e mão à obra. Eu trocaria esta almofadinha de cima por fuxicos.

Muita diversão a todos, bom feriado e até qualquer hora. Um beijin com gosto de docimdileiticumquejo. Já provou deste? Não sabe o que está perdendo???





NOVAS IDÉIAS PARA UM DIA DE CHUVA

VI E GOSTEI

Gente! Que chuvarada é esta? Ô coisa boa para ficar na cama mais um pouquinho, escutando o barulhinho gostoso dos pingos. Dá uma preguiiiiçaaaa...
Mas, eu sou daquelas que não sabe ficar na cama sem dormir. Tenho que levantar. Da cozinha, vinha um cheiro de pão de queijo irresistível. O café fresquinho me obrigou a abrir o pão de queijo, lambrecar de manteiga legítima, amarelinha, que derreteu na hora e me me fez perder as contas de quantos comi. Ainda bem que amanhã é segunda e tudo volta ao normal...
Mas, voltando à chuva, ela me sugeriu postar algumas idéias de conforto para ler, ver TV ou descansar. Olha isto! São ideias nada mirabolantes, coisas que realmente podemos fazer.


Sabe aquele sofá que você está enjoada de olhar para a cara dele? Pois é... Faz uma capinha para ele, joga umas almofadas combinando, atente para outros detalhes simples e de bom gosto e tenha um cantinho  com muito  charme na sua casa.


Olha que teteia! Paninho xadrezinho de algodão fazendo toda a diferença. Um docinho...



 Adoro chitão! Deixam o ambiente alegre e descontraído. E custa tão baratinho... Vale a pena!





Esta minhocona não é uma graça? A gente se enrosca aí e esquece da vida!



Palet e retalhos! Ideia prática, simples e barata. Basta um pouquinho de jeito. Não ficou uma graça?


Pois é! Numa época de tanto desperdício (o que é lamentável), ainda podemos reciclar também a nossa casa. Uma pinturinha aqui, uma colagem ali (qualquer dia, posto algumas ideias), o velho fica novo e a gente renova até a alma! Bom domingo, meus queridos. O beijin  de hoje é com gosto de docimdiminduim. 




quarta-feira, 25 de abril de 2012

SOU ANTIGA DEMAIS...

Sou antiga demais...


Outro dia, assistia ao programa da Ana Maria Braga e uma matéria me chamou a atenção: palavras que estão em desuso. Ai... ai... ai... Constatei, com um misto de espanto e graça, que uso muuuuiiiiiitas delas. E aí para o baú da memória dar uma revirada, foi um pulo. Voltei aos tempos do Colégio Imaculada Conceição (ô tempo bom), quando vivi uma época muito divertida da minha vida. Tínhamos uma turma que era o ó do borogodó, unidas, alunas supimpas e mantínhamos nossa amizade também fora do Colégio. Todos os dias, a mesma rotina: aulas pela manhã, à tarde, estudos na casa de uma de nós e nos finais de semana, uma passeadinha que ninguém é de ferro, né?  Era bom pra dedéu ou pra mais de metro...
Acreditem se quiser, ainda existia o footing e lá ficavámos nós, de braços dados, dando infinitas voltas no passeio do  jardim de cima (o do coreto), paquerando os boys que a gente achava uns pães. No jardim de baixo ( o dos bambolês) não podíamos ir e não íamos e pronto. Sem saber bem o por quê. 
A moda era bem diferente. As crianças usavam travessinha e ramona, vestidos de organdi suiço, sainhas balonês ou plissadas, dependendo da ocasião. Os homens usavam calças boca de sino, saltos carrapetas, camisas com babados ou então de cores muito fortes. Ainda bem que não usavam nem capanga nem pochete para completar o figurino. Fico imaginando os nossos amigos de ontem usando estas roupas hoje! Para as mulheres, foi a época do sobe e desce das saias, dos jeans Fiorucci, Staroup e UStop, das meias de lurex, das maquiagens de florzinhas e corações no rosto e a gente se achava o fino da bossa! Quem não andava na moda era considerado capiúdo, coisa de povo carçudo, bocó... Pulha e calhorda não, que estes eram adjetivos só usados por gente muito importante para qualificar os mocinhos com quem a gente não podia nem dar o arzinho da graça quanto mais conversar. E muitas vezes, vinham as clássicas perguntas de nossos pais quando nos viam falando com alguém que não conheciam: quem é este? filho de quem? ele mexe com quê?  
Às vezes, as pessoas querem me pôr mais antiga ainda e perguntam: você lembra, Meíta, dos bailes da Associação? Eu juro: não sou deste tempo. Vou fazer 60 em junho. Se fosse não me importaria em dizer, pois sei que os brotos daquela época eram garbosos, verdadeiros pés de valsa, que lambrecavam o cabelo de brilhantina Glostora e iam para flertar com as meninas. Era tudo magiclick! 
Claro que, como hoje, havia os estrupícios que iam apenas para azucrinar quem estava ali para se divertir. Diziam que era dose pra leão aguentar aquele furdunço que se formava quando estes paspalhos resolviam armar a traquinagem. Uma fuzarca... Um verdadeiro jacá de gatos! Só enfiando o pé na jaca, mesmo!
Ah gente, pior era quando armava o maior toró! Certeza que ia acabar a força. E aí virava uma balbúrdia. Deus do céu! Melhor eu parar por aqui. Se não a conversa espicha demais, fico aqui falando abobrinha e não há tatu que aguente. 
Beijins, hoje com sabor de docidiabrobacumcocu.


terça-feira, 24 de abril de 2012

Mais perdida(o) que cego em tiroteio

Mais perdida(o) que cego em tiroteio
Pois é... Fazer o blog eu fiz e esqueci de anotar o nome. G-zuiz!!! Fiquei num experimenta daqui e dali, mas quem disse que o danado do nome saía. Eu lembrava das palavras: dicas, causos e fatos. Digitava no Google e nada... Como sou muito paciente, logo vinha a célebre frase: Ah! Vou largar mão disso! Depois eu procuro de novo! E os dias foram passando e eu já desanimada, pensei: só criando outro Blog, o outro já era! E hoje, resolvi tentar novamente. Como sempre, recorri ao Dr. Google: Como achar um blog? Eeeebaaaa! Segui as dicas e achei o meu, perdidinho, perdidinho neste mundão de Deus! Sabe lá por onde andou? Fiquei imaginando que em suas andanças deve ter me achado uma mãe desnaturada, que nem bem o pôs no mundo deixou-o por aí, mais perdido que cego em tiroteio, que nem eu mesma procurando por ele. Se bem que deve ter achado bom ter ficado por aí, visitando outros blogs: o da Lavínia, a minha grande incentivadora e inspiradora, o da Valéria Cury que tem contado histórias tão bonitas de nossa terrinha, o do Guilherme Carloni  que tem receitas incríveis e outros mais que deve ter descoberto e nem me contou, só para me desaforar.
Meu Blog deve estar muito bravo comigo, pois além de ter ficado perdido por tantos dias, tá feinho demais. Eu bem que queria dar um jeitinho nele. Mas confesso: não sei nem por onde começar. Imagina, logo eu que sou tão regateira (no bom sentido, é claro!!!), que gosto de cores fortes, alegres, ter um Blog tão chinfrim! Apagadinho! Xoxinho! Ah, não. Preciso urgente torná-lo parecido comigo, senão ele nem vai acreditar que foi criado por mim. Mãe desnaturada...

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Atendendo pedido!

Sou muito cara de pau e metida a besta! Por sugestão da Lavínia (ela tem um que é o máximo), resolvi criar um Blog, sem saber fazer isto. Está criado. E agora??? O que é que eu faço?
Preciso deixá-lo bonitinho, atraente, motivador, senão ninguém vai olhar para ele. Isto é o 2º passo. Tenho que voltar lá na página onde ensina a criar o tal do blog para ver como é que faço. Tenham paciência, amigos! Certamente, vai demorar e sei lá como será o resultado. Eu espero que fique bom, porque senão levo puxão de orelhas dos meus leitores, né?
Como diz o nome, meu blog será para contar causos que fui ouvindo ao longo dos anos e guardando comigo, para dividir as dicas que acho interessantes para o nosso dia a dia e para registrar fatos que eu julgue valer a pena.
O primeiro passo foi dado. Eeeebaaaa..... Agora é só ver como faz o resto e mãos à obra.
Beijins, hoje com sabor de docidileiti.